POEMA: 10. A beleza da jornada.
Esse mundo é tão louco, que às vezes o pouco preenche tanto, que não falta nada. Mas a gente, com fome de chegar ao topo, acaba não percebendo que a felicidade do agora é que sacia nosso olhar.
Focamos tanto na chegada, que perdemos a beleza da jornada. Ignoramos tudo que já está ao nosso alcance, perdemos tantas chances.
Chegamos ao topo, nosso objetivo é alcançado, mas o brilho nos olhos é efêmero, temporizado. No topo tudo é vazio, frio e oco, e percebemos que não há nada de especial nesse fato.
Por mais que olhemos para trás e tentemos voltar ao início do caminho, onde talvez possamos nos reencontrar, onde escondemos as raízes, não seremos mais os mesmos, e o caminho de volta não será mais o mesmo, as pessoas que passaram por nós não serão as mesmas.
Tudo mudou. Tudo está diferente. A jornada já é outra. A única coisa que temos é a lição aprendida: o caminho é que nos faz mais conscientes e nos traz a verdadeira felicidade.