A sensação que eu tenho é que às vezes o mundo é uma estrada onde eu estou em um carro e várias outras pessoas estão em outro carro.
A gente segue dirigindo e, do nada, sem avisar, enfrentamos buracos, problemas técnicos no nosso carro, dificuldades da estrada. A gente já nem vê mais a vista, a beleza; já não aproveita tanto a viagem.
Só aceleramos, dirigimos, vamos sem freio. Às vezes eu tenho a sensação de que, mesmo sem querer, estou apostando uma corrida com o meu colega do carro ao lado.
Mas calma, respira. Pra que isso?
Aprendendo a Respirar Fundo.
Eu gosto muito de escrever sobre o tempo, porque o tempo é uma incógnita muito curiosa. Vivo preso em uma linha tênue de aproveitar ao máximo o tempo e de parar um pouco para observar o tempo.
O tempo me traz tantas questões, tantas perguntas do tipo: é mais um dia, ou menos um dia? Existe mesmo um tempo certo? Às vezes encontro algumas respostas, mas são tão momentâneas que não duram um dia.
E nessa minha busca por entender o tempo, tenho aprendido a respirar fundo, a não atropelar o tempo, mas tentar ir conforme o meu tempo. A gente tem toda uma pressão pra fazer as coisas logo. Isso tem me cansado tanto. Eu sinto que a minha criatividade, o meu tempo pessoal, têm se esgotado por conta disso, dessa pressa, dessa correria, dessa velocidade que os dias têm exigido da gente.
Tenho aprendido a respirar fundo, seguir e entender o meu ritmo. O problema é que o ritmo do outro, às vezes, colide com o meu.
Aprendendo a Colocar Limites no Meu Tempo.
As empresas, as pessoas, a logística da vida, têm entrado numa pressa, que quando você se dá conta, já chegou na segunda de novo. Você nem percebeu que o final de semana passou.
A sensação que eu tenho é que tudo está tão rápido, desenfreado, que eu não estou conseguindo acompanhar.
O meme que eu acabei de descobrir já passou, foi viral há 2 semanas atrás e ninguém mais está rindo disso. A música que acabou de ser lançada, ninguém mais quer saber; há um pedido pra outro hit. A série que acabou de terminar, ninguém já não lembra mais.
O meu chefe acabou de pedir para mim um trabalho de criatividade, onde eu preciso entregar em horas e eu ainda nem consegui dar o primeiro gole de café, porque estou tentando entender a notícia que todo mundo já sabia, menos eu.
Às vezes sinto que desci do meu carro e estou vendo todo mundo passando por mim.
E chega. Eu quero um tempo.
É Preciso Ter Coragem de Desacelerar em um Mundo Acelerado.
Em um mundo onde quem faz mais, aparece mais, cria mais, está em mais lugares, e em uma velocidade fora do normal se destaca, é preciso ter coragem de olhar pra dentro de si e dizer: “Não é isso que eu quero pra mim.”
E não é um texto pra você ser inconsequente e começar a acumular as coisas, mas para você refletir sobre como pode começar a respeitar o seu tempo.
Pequenas revoluções, pausas maiores, tempo para fazer algo com qualidade. Remar contra essa maré da pressa. São coisas que eu tenho cada vez mais refletido.
Eu me tornei o que eu mais temia: a pessoa que tenta ser zen enquanto o mundo está pegando fogo. Mas confesso que tenho gostado disso.
Tenho olhado mais para a qualidade das coisas, do que para a quantidade, e isso são questões que a gente só vai compreendendo melhor com a maturidade.
E você, sente também essa pressão da pressa? Isso tem sido um incômodo pra você, ou você se adaptou bem?
Reflita também sobre a pressa e não tenha medo de, de repente, desacelerar um pouco também.
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