A vida voa como um vento forte.
Ora brinca de brisa, ora brinca de furacão.
Não pede licença, não pergunta nossa vontade,
apenas suja nossa vaidade, corrompe nossas certezas.
Ela é especialista em mostrar que a gente não sabe de nada.
Brinca com a gente enquanto passa.
A gente levanta, lava o rosto, respira fundo e recomeça.
Finge acompanhar algum ciclo,
finge encontrar algum caminho.
É tudo invenção da nossa cabeça.
E assim a gente vai seguindo, obra do acaso,
apenas um acidente, não sei, mas há um milagre.
A gente respira.
Guerreiros ou insistentes?
Simplesmente, gente.