Faz sol lá fora, mas chove sem parar aqui dentro.
Sinto que estou protegido pela cabana de palha que eu mesmo criei pra me abrigar.
Tudo que é material não é perfeito, minha pequena cabana tá cheia de goteiras, qualquer chuva me inunda.
Eu sinto que eu preciso de uma reforma, mas não sei se tenho forças para reformar tudo que me incomoda.
E eu vou deixando chover, molhar, inundar, mesmo doendo.
Parece que é afundado que eu me faço forte.
Às vezes faz sol aqui dentro, enquanto chove lá fora, eterno contraste em que eu luto pra me equilibrar igual louco.
E no fim das contas, é tão bom ser louco.
A sanidade cansa, a loucura não tem rotina.
Chuva, sol, eu.
Equilíbrio, loucura, emoção.
Força, fraqueza, coração.
Surto, clareza, razão.
Eu, emoção, coração e razão.
Assim, sobrevivo na minha pequena cabana de proteção imaginária.
Nem chove, nem faz sol.
Eu inventei meu próprio mundo.
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