Esse mundo é tão louco,
que às vezes o pouco preenche tanto,
que não falta nada.
Mas a gente, com fome de chegar ao topo,
acaba não percebendo
que a felicidade do agora
é o que realmente importa.
Focamos tanto na chegada,
que perdemos a beleza da jornada.
Ignoramos tudo que já está ao nosso alcance,
perdemos tantas chances.
Chegamos ao topo,
objetivo alcançado,
mas o brilho nos olhos é tão pouco,
tão temporário,
como se estivéssemos cansados.
No topo tudo é vazio, frio e oco.
Percebemos que não há nada de especial nesse fato.
E por mais que a gente olhe pra trás
e queira voltar ao início do caminho,
onde talvez possamos nos reencontrar,
onde escondemos as raízes,
não seremos mais os mesmos.
O caminho de volta não será mais o mesmo,
as pessoas que passaram por nós não serão as mesmas.
Tudo mudou.
Tudo está diferente.
A jornada já é outra.
A única coisa que temos é a lição aprendida,
como já dizia uma frase clichê antiga:
a felicidade não está na chegada,
e sim na caminhada.