Para esse ano, eu coloquei na cabeça que eu não vou ficar me enchendo de metas futuras que só fazem eu me sentir triste no final do ano, por não conseguir fazer nem a metade do que eu havia planejado.
Mas veja bem, isso não quer dizer que eu não vá seguir um plano, um objetivo, uma rotina, o que eu não quero é concentrar todas as minhas energias só no futuro, enquanto o agora tá aqui nas minhas mãos esperando para ser utilizado.
Acho que a gente já aprendeu com os últimos anos que a gente não tem o controle de nada, né?
O gás do começo.
O gás do começo de qualquer coisa é a sensação mais incrível que a gente pode sentir.
Esse gás de começo que faz a gente voltar a se permitir, a sonhar, a planejar, a acreditar, a ir com tudo de novo.
Estamos em mais um começo das nossas histórias… Que seja o tempo da gente se permitir.
Sem expectativas.
E eu decidi que eu não vou organizar meu ano dessa vez por metas, mas tentar ir pelo inesperado.
Eu sou uma pessoa que costuma alimentar muitas expectativas e essas tantas expectativas geralmente me sufocam muito.
Quero talvez experimentar um novo jeito de encarar o ano e a vida.
Um novo jeito de levar a vida.
Quero dizer mais sins para os encontros inesperados e os lugares que eu jamais iria em outros tempos.
A partir de agora quero que os meus diálogos tenham mais sins do que nãos.
O antigo eu, para qualquer coisa, planejava muito, se preocupava, dessa vez eu só quero ir… Quero me permitir viver os lugares.
Conhecer pessoas.
Quero aproveitar mais as conversas com pessoas desconhecidas em filas aleatórias.
Tudo bem, nem todo dia a gente tá afim de papo.
Quando eu não tiver afim, vou respeitar o meu momento de não querer ser simpático por aí, mas quando eu tiver afim, quero aproveitar ao máximo conhecer pessoas e outras histórias e outras realidades.
Quero me permitir conversar mais.
A vida não é só economizar.
Quero guardar dinheiro, mas quero gastar também.
Sim, se permitir não é ser inconsequente.
A gente continua tendo os boletos e o planejamento financeiro é muito importante, mas não é só isso.
Quero criar um equilíbrio sem muito compromisso entre gastar e guardar.
Quero me permitir comprar sem culpa, as coisas que quero.
Gastar o tempo beijando.
Beijar mais ao invés de reclamar.
Estando eu solteiro, para cada reclamação que vier, quero uma boca pra beijar, se eu tiver namorando, beijar mais.
Acho que ocupar minha boca com o que importa, vai fazer eu poupar o meu peito de sentir esse aperto chato que as reclamações da vida causam.
Quero me permitir gastar saliva por aí, não com reclamações, mas com beijões.
Aprender finalmente a dizer não.
Dizer não para as coisas que eu não quero.
É, isso parece mais como uma meta, faz tempo que eu tento colocar ela em prática e eu sempre me frustro muito por nunca conseguir.
Dessa vez, eu só quero fazer o que eu quiser, apesar de saber que é praticamente impossível só fazer o que quer.
Quero trazer isso pra minha vida, não como uma meta, mas como algo natural.
Se eu não conseguir, ok! Tudo bem, quero me permitir tentar e aprender a deixar pra lá numa boa as coisas que eu não conseguir.
Todo mundo tem o direito de errar.
Aceitar erros e fracassos sem me punir.
Sim, todo mundo erra.
Fracassou, veja como se reinventar e decida se vai continuar tentando ou vai fazer algo diferente. Nem todo mundo acerta de primeira.
Errou? Saiba reconhecer, se ainda não sabe, aprenda a ouvir, pois só assim você vai entender.
Diga sempre isso pra você mesmo na frente do espelho: “Levanta a cabeça. Todo mundo erra. Se permita recomeçar sem culpa.”
Várias metas, mas dessa vez com leveza.
Eu comecei esse texto falando que não ia fazer metas e acabei fazendo um monte de metas.
Mas quer saber, foda-se também, quero me permitir voltar atrás a hora que eu quiser.
A vida não é linear, por que que eu vou tentar me gastar ao máximo pra ser?
É importante pensar no amanhã, mas é um erro viver só em prol dele.
Com metas, sem metas, viva do seu jeito.
Porque no final é só isso que importa, o que a gente se permite.
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