Ano passado, eu achava que não conseguiria me levantar do chão. Alguns golpes da vida nos deixam assim: meio sem rumo, sem forças, como se finalmente tivéssemos conhecido o nosso limite. A gente olha para o chão e pensa que aquele é o único lugar que nos resta, que aquele é o fim da linha.
Mas é só achismo. Lembro que, ano passado, dormi várias vezes sem nenhuma vontade de acordar. Entre essas noites de angústia e reflexões misturadas a uma crise existencial, algo me fez lembrar que, alguns anos atrás, eu também achei que tinha conhecido o meu limite. E, em todas as vezes que decidi ser perseverante, fui além do que imaginava que conseguiria.
É assim mesmo. Quando tudo parece estar dando errado, é difícil enxergar um fio de esperança. A dor corrói os nossos sonhos, enfraquece a nossa fé e faz a gente duvidar da nossa própria capacidade de superar. A gente se sente pequeno, insuficiente.
É por isso que o autoconhecimento é tão importante. Tudo que vem de “auto” – autoestima, autocuidado, autoaceitação – vira um suporte essencial nesses momentos. Porque é olhando para dentro que encontramos muitas das respostas que procuramos.
É lá, dentro de nós, que está escondida a força necessária para levantar daquele chão que acreditamos ser o nosso limite. É de lá que vem a coragem para encontrar novos caminhos e recomeçar.
Entre os altos e baixos da vida, há pequenas vitórias, sorrisos discretos, momentos de alegria quase imperceptíveis. São esses pequenos momentos, quando somados, que nos impulsionam a continuar acreditando em nós mesmos e no propósito da vida.
A minha resiliência é a qualidade que mais admiro em mim. Nem sempre foi assim. Foi o tempo – e as quedas – que me ensinaram a olhar para mim mesmo e valorizar cada momento em que caí e, ainda assim, me levantei.
Falar sobre superação é bonito, mas é nas quedas, nos tropeços e nas cicatrizes que aprendemos as maiores lições e nos tornamos mais fortes.
No fim, tudo vale. Cada lágrima, cada erro, cada passo em falso… Tudo molda a nossa melhor versão.
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