Opinião: A armadilha de viver pelo ‘E se…’

Às vezes, me pego afundando nos pensamentos sobre como as coisas poderiam ser diferentes se eu tivesse feito outra escolha. E se eu tivesse seguido outro caminho? E se eu tivesse dito sim ao invés de não? E se… Essas duas palavras têm um poder enorme de nos prender em uma espiral de possibilidades que nunca se concretizarão.

É como se o “E se…” fosse uma espécie de portal para uma realidade paralela onde tudo poderia ter sido diferente. E, convenhamos, quem nunca se deixou levar por essas questões? O problema é que, ao invés de nos ajudar a evoluir ou a aprender algo novo, essa linha de pensamento muitas vezes nos paralisa. Ficamos presos em uma encruzilhada entre o que é e o que poderia ter sido, e nessa confusão, perdemos o que está bem na nossa frente: o presente.

O agora é a única certeza que temos.

A verdade é que o passado já foi, e o futuro é uma incógnita. O único tempo que realmente temos é o agora. Viver pelo “E se…” é deixar de viver o que está acontecendo neste exato momento. É como se estivéssemos constantemente tentando reescrever uma história que já foi concluída, ao invés de escrever a história que está acontecendo agora.

Quando ficamos presos no “E se…”, corremos o risco de negligenciar as oportunidades que estão bem diante de nós. Aquele trabalho que você poderia ter aceitado, aquela pessoa que você poderia ter conhecido, aquela viagem que você poderia ter feito… Tudo isso se torna um fardo, uma sombra que paira sobre as suas decisões atuais. Mas o que precisamos entender é que cada escolha que fizemos até aqui nos trouxe exatamente onde estamos hoje. E isso, por si só, já é uma grande conquista.

A aceitação é libertadora.

Aceitar que não podemos mudar o passado é libertador. Claro, é natural sentir arrependimento por algumas decisões, mas precisamos lembrar que não temos como prever o futuro. Naquela época, tomamos a melhor decisão com as informações e sentimentos que tínhamos à disposição. E, na maioria das vezes, as coisas acontecem por uma razão, mesmo que a gente não consiga enxergar isso no calor do momento.

O “E se…” é uma armadilha mental que nos faz acreditar que existe uma versão perfeita da nossa vida em algum lugar, só esperando para ser vivida. Mas a verdade é que não existe perfeição, e tudo o que temos é o agora. É preciso ter coragem para aceitar o presente como ele é, com todos os seus altos e baixos, e entender que o caminho que escolhemos é válido e digno.

Abrace o agora.

A vida é cheia de incertezas e, às vezes, é difícil não se deixar levar pelo “E se…”. Mas quanto mais focamos no que poderia ter sido, mais deixamos de viver o que é. Então, que tal começar a se perguntar: “E se eu parar de me perguntar ‘E se’?” Talvez, só talvez, a resposta seja mais simples e libertadora do que imaginamos.

E você, já caiu na armadilha do “E se…”? Como você lida com essas questões na sua vida?

@WellasDiniz


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Wellas Diniz 🧡
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Escritor, produtor audiovisual, videomaker e editor de vídeos para cinema, TV e internet. Amo ler e escrever sobre motivação e acredito que palavras são capazes de transformar o dia de alguém.

4 comentários

  1. Isso já aconteceu comigo várias vezes. Eu tenho aprendido a me permitir experimentar as coisas, e mesmo que as coisas não sejam como eu quero, pelo menos eu sei que tentei. Às vezes não fazendo as coisas é pior do que tentar e não conseguir.

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