Numa cidade iluminada por telas, Eva era programadora. Passava dias inteiros criando códigos para sistemas que ninguém enxergava, mas que sustentavam vidas: os trens que não atrasavam, as luzes que nunca apagavam.
Apesar disso, se sentia invisível. Seu trabalho era essencial, mas quem realmente a notava? Certo dia, enquanto analisava um sistema de emergências, um alerta piscou. Era um erro que, se não corrigido, deixaria um hospital sem energia durante a noite.
Ela trabalhou sem pausa até que, finalmente, o sistema voltou ao normal. Eva suspirou aliviada, mas, como sempre, ninguém a agradeceu.
Semanas depois, por acaso, ouviu uma conversa na fila de um café:
“— Durante a última tempestade, o gerador do hospital salvou meu pai. Foi um milagre que tudo funcionasse…”
Eva sorriu para si mesma. Talvez ninguém conhecesse seu nome, mas seu código tinha voz e utilidade.
O que podemos refletir com isso?
Nem toda contribuição é visível, mas isso não a torna menos importante. O impacto verdadeiro não precisa de holofotes. 🧡