— Um caminho feito de fases, palavras e recomeços.
No começo, a página era pra divulgar meus trabalhos como produtor audiovisual. Mas, pra ela não ficar parada, comecei a postar algumas frases, pensamentos… coisas que antes eu só escrevia pra mim. Foi meio sem pretensão. Comecei com 42 curtidas, quase todas de amigos que eu praticamente implorei pra curtir. Eu só queria que alguém visse.

A página bateu 1.000 seguidores. E foi aí que eu percebi: tem gente que se identifica com o que eu escrevo. Por algum motivo, aquilo que era só meu começou a fazer sentido pra outras pessoas também.

O auge. Cheguei a 100 mil leitores. Foi incrível, mas também estranho. Porque no meio disso tudo, veio o bloqueio criativo. As ideias sumiram, a pressão aumentou… e eu me vi travado. O alcance da página começou a cair — e eu também.
Foi o ano que eu quase parei. A página ficou parada, eu também. Estava num momento de crise, meio perdido mesmo. Achei que escrever já não fazia mais sentido. Mas esse tempo longe me ajudou a entender que, no fundo, era isso que eu queria. Só precisava reencontrar o porquê.

Voltei. Decidi postar todos os dias por um mês, só pra ver no que dava. E deu certo. A página voltou a crescer, novos leitores chegaram. Comecei a levar a vida (e a escrita) com mais leveza. Trouxe mais humor, fui deixando de lado o peso. E ali, a escrita voltou a ser minha amiga. Atingi 120 mil leitores.

Veio a pandemia. E com o tempo livre em casa, voltei a escrever mais do que nunca. Cheguei a postar 16 vezes por dia. Criei o projeto #DiárioDoWellas, que até hoje já alcançou mais de 20 milhões de pessoas. Foi quando entendi de verdade o impacto das palavras.

Bati 200 mil leitores no Facebook. Mas mais do que o número, foi o sentimento de olhar pra trás e ver toda a construção. Os altos, os baixos, as fases. Comecei a rascunhar meus primeiros livros — um romance e outro mais voltado para desenvolvimento pessoal. Esse passo foi como assumir: sou escritor também.

Comecei a olhar pro meu trabalho como marca. Fiz um rebranding, cuidei da identidade visual, das cores, da estética. Lançar uma nova foto de perfil com o círculo laranja atrás de mim foi mais do que design — era sobre representar o sol que sigo buscando. Adotei o emoji de coração laranja 🧡 como símbolo da minha marca. Aos poucos, vi leitores usarem ele comigo também. E isso me mostrou: era de coração pra coração mesmo.
Se você chegou até aqui, agora sabe: esse espaço não nasceu pronto — Está sendo construído aos poucos, entre fases e frases.